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1º de maio proletário, anti-imperialista e antifascista. Confira o evento.

Na última sexta (2), a nossa revista promoveu o evento de comemoração do 1º de maio, Dia Internacional do Proletariado com o objetivo de propagandear a Campanha Internacional contra a Operação Kagaar, a Revolução Indiana e o combate ao imperialismo como a heroica Resistência Palestina e debater os caminhos da organização do proletariado contra a ascensão fascista e seus desdobramentos no Brasil.



O evento aconteceu no Boteco Cultural Belle Époque, importante centro de organização da esquerda no subúrbio do Rio de Janeiro. O evento foi aberto pela apresentação resumida do que é o processo da Revolução Indiana, que leva a Guerra Popular Prolongada desde 1967, do levante de Naxalbari até a fundação do Partido Comunista da Índia (Maoista) e seus completos 20 anos em 2024.




Um companheiro do Coletivo Combate Cultural apresentou a leitura de um trecho do livro “O deus das pequenas coisas”, obra prima da escritora Arundathi Roy, que narra o surgimento do movimento naxalita (maoista) na Índia e a sua luta contra o revisionismo do Partido Comunista da Índia e do Partido Comunista da Índia (Marxista).



"A marcha que cercou a praça naquele dia de céu azul de dezembro era parte desse processo. Tinha sido organizada pelo Sindicato Trabalhista Marxista de Travancore Cochin. Seus camaradas em Trivandrum marchariam até o Secretariado para apresentar a Carta de Exigências Populares ao camarada E. M. S. em pessoa. A orquestra fazendo petição ao maestro. As exigências eram de que os lavradores dos campos de arroz, que trabalhavam na terra durante onze horas e meia por dia, das sete da manhã às seis e meia da tarde, tivessem uma hora de pausa para o almoço. Que o salário da mulheres fosse aumentado de uma rúpia e vinte e cinco paisa por dia para três rúpias, e o dos homens de duas rúpias e cinqüenta paisa para quatro rúpias e cinqüenta por dia. Queriam também que os intocáveis não fossem mais chamados por seu nome de casta. Que não fossem chamados de Achoo Parayan, ou Kelan Paravan, ou Kuttan Pulayan, mas simplesmente de Achoo, ou Kelan, ou Kuttan.

Os Reis do Cardamomo, os Condes do Café e os Barões da Borracha, velhos colegas de escola, saíram de suas longínquas propriedades isoladas e foram tomar cerveja gelada no Clube de Vela. Alçaram os copos. “O que importa um nome...”, disseram, e riram para esconder o pânico que aumentava.

Os manifestantes daquele dia eram trabalhadores do partido, estudantes e os trabalhadores comuns. Tocáveis e intocáveis. Em seus ombros carregavam um barril de raiva antiga, incendiado por uma faísca recente. Havia nessa raiva um tom que era naxalita, e novo."


O evento seguiu com a leitura da Declaração Conjunta do 1º de Maio de 2025 - 1º de maio Proletário e Internacionalista, publicada nesta data insubstituível para os marxistas. O documento foi traduzido e amplamente aplaudido. A declaração aponta a crescente preparação dos estados para uma nova partilha e declara que "Os custos da guerra e rearmamento são descarregados sobre o proletariado e as massas populares através do aumento do custo de vida, desemprego, precarização, cortes em gastos sociais e ataques aos direitos e às lutas dos trabalhadores. ".

E define qual o caminho que o proletariado internacional deve seguir "Hoje mais do que nunca necessitamos da unidade dos Partidos e Organizações Comunistas do mundo, baseada nos grandes ensinamentos do Marxismo-Leninismo-Maoismo que se desenvolvem, no fogo da luta de classes, cada vez mais para se converter na vanguarda da classe trabalhadora, núcleo dirigente de todo o proletariado e do povo, propulsor e elemento central na construção de uma Frente Única Revolucionária contra o imperialismo, o fascismo, a exploração e a opressão."


Para fechar o evento, tivemos a intervenção do editor Igor Mendes e debate sobre situação política. A companheira do Movimento Revolucionário de Mulheres destacou a necessidade de integrar as mulheres nas lutas por direitos e que elas são as mais interessadas, destacando a quantidade de participação feminina nas lutas armadas na Palestina e na Índia. O companheiro do Coletivo Escola Popular falou sobre as incursões policiais bancadas pelo velho estado que tal qual a Operação Kagaar, utilizam de falso pretexto para matar o povo sem punição. A companheira do Novo MEPR destacou a importância de combater o desânimo e os problemas de saúde mental não como problema individual, mas como resultado de uma época difícil para o proletariado, e por não serem individuais, só podem ser combatidos com a luta revolucionária diária e coletiva. Defendendo que a juventude revolucionária não pode ser só ativista, mas deve ter laços profundos com o povo dentro e fora das universidades.












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