RJ: Manifestações contra a chacina acusam Cláudio Castro assassino
- Redação
- 31 de out.
- 2 min de leitura

A operação apelidada de Operação Contenção do dia 28/10, com foco nos complexos do Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, na Zona Norte da capital fluminense terminou como a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 128 pessoas mortas. Na quarta-feira de manhã(29), foi tarefa dos moradores recolher os corpos da área da Vacaria, área de mata densa que fica entre o Complexo do Alemão e o Complexo da Penha. A cena dos corpos estirados na Praça São Lucasno meio da Penha por si só explica qual o alvo da "segurança pública" do governo Castro e das forças de segurança militares do RJ.
Após recolherem seus filhos, sobrinhos, netos e amigos, os moradores exigiram explicações sobre as mortes, denunciando as execuções sumárias. A mãe do Iago Ravel, de 19 anos, conta que seu filho foi decapitado e teve sua cabeça pendurada na árvore. As violações continuaram mesmo após a retirada dos corpos, como o impedimento da Defensoria Pública de acompanhar as autópsias no IML.


Só após a enorme comoção e manifestações dos moradores do dia 24/10 que veio a público as identificações dos assassinados. Dos 128 mortes, 99 pessoas foram identificadas até o momento, dessas 78 tinham histórico criminal e apenas 42 tinham mandados de prisão pendentes.
Nesta tarde, cariocas se reuniram na Penha para dizer “Chega de Massacre! Fora Cláudio Castro!”. O governo do estado do Rio, sob Cláudio Castro, mantém o recorde de chacinas, das 5 mais letais da história do estado, 4 estão na conta do governador. Lembremos de maio de 2022, a chamada Chacina da Vila Cruzeiro resultou em 23 mortos durante operação no subúrbio da Penha, também no governo Castro.
Os moradores e diversos ativistas cantaram “Não acabou, tem que acabar. Eu quero o fim da polícia militar!” e outros gritos que denunciam o comportamento da PM como “Sem hipocrisia, essa polícia mata pobre todo dia!”. A manifestação cruzou parte do complexo até finalizar no BRT Penha 1. Moradores apoiavam das suas casas com palmas e um morador esticou uma grande bandeira branca simbolizando um pedido de paz.
Na quinta-feira (30), estudantes da Uerj e UFF fizeram manifestações e panfletaram boletim próprio com o último Que Fazer? da nossa revista. Além disso, os estudantes convocaram para o próximo ato contra Cláudio Castro e sua política de carnificina que ocorrerá às 17h do dia 5/11 no Palácio da Guanabara. Os estudantes da UFF fizeram um ato no Terminal de Niterói no horário do rush.
E na UERJ, coração da Zona Norte, estudantes fizeram um ato no portão principal da Uerj. Foram distribuídos boletins do Novo MEPR e nota de denúncia dos professores que atuam nas favelas do rio. Os estudantes cantaram palavras de ordem como "Chega de Chacina, PM na favela e israel na Palestina!"



















