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DF: Empresa com apoio do Estado invade última TI da capital; indígenas resistem

Manifestação dos povos da TI Banal durante atividades do Acampamento Terra Livre. Reprodução: Resistência Indígena DF/@resistenciaindigena.df
Manifestação dos povos da TI Banal durante atividades do Acampamento Terra Livre. Reprodução: Resistência Indígena DF/@resistenciaindigena.df

Nos últimos dias, de forma cada vez mais agravada, a empresa Terracap, especuladora imobiliária, com apoio da Polícia Militar do Distrito Federal, tem ameaçado destruir a última Terra Indígena de Brasília, a TI Bananal, localizada no noroeste da cidade.


O fato se agravou hoje, quando o lar dos povos Guajajara, Fulni-ô, Ashaninka e Boe-Bororo foi invadido por tratores que destruíram a casa de rezo e pela cavalaria da Polícia Militar que foi para cima de mulheres e crianças.


Em pleno contexto da realização do Acampamento Terra Livre, em que os povos dessa TI participaram em manifestação, a Polícia Militar local, como quem gostaria de dar um recado para todo o Brasil (certamente a mando de instâncias nacionais, por isso) ataca a última TI da capital, bastiã da resistência dos povos indígenas em luta por todo o país.


Indígenas expulsam cavalaria da TI. Reprodução: Autonomia Indígena Libertária/@autonomiaindigenalibertaria

Mantendo sua tradição combativa por manter viva a existência de seu próprio povo, famílias indígenas, com apoio do movimento popular brasiliense, têm expulsado como podem os invasores, usando, por exemplo, troncos de árvore e estilingues.


O porta-voz da Kwarahy mídia, ainda hoje, observa:


A ação foi violenta, comandada pela polícia militar do DF, mesmo após a decisão judicial que proíbe a remoção da comunidade

Essa forma operacional, que não acontece desde hoje, e nem só na TI Bananal, prova mais uma vez que as decisões do judiciário são incapazes de salvaguardar os direitos e interesses das massas populares de nosso país. Diante delas, não cabe mais o apelo por sua maior eficiência, mas o varrimento de suas ilusões e o desenvolvimento das forças dispostas a resistir - isto é, da organização popular.

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