top of page

Los Angeles em chamas: o contra-ataque começou

Manifestantes em Los Angeles. Foto: Reprodução.
Manifestantes em Los Angeles. Foto: Reprodução.

Os protestos contra a política de imigração de Trump não apenas recrudescem no seu epicentro, Los Angeles, como se estendem a outros centros importantes dos Estados Unidos. A determinação do republicano de enviar a Guarda Nacional para combater os manifestantes apenas recrudesceu a onda de indignação contra a política fascista de seu governo e atos públicos já foram registrados em São Francisco e Santa Ana, também na Califórnia; Austin, Dallas, Houston e San Antonio, no Texas; Chicago, Atlanta, Nova Iorque, Washington D.C, Boston, Filadélfia, Seattle e Denver. Revelando toda a sua hipocrisia, a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, filiada ao Partido Democrata, ao mesmo tempo em que critica o governo central decretou o toque de recolher e efetuou prisões em massa na cidade, levando à prisão de 197 pessoas em apenas algumas horas de vigência da medida de exceção.


Como se vê, o contra-ataque começou. Não por acaso, a explosão de descontentamento coincide com os primeiros reflexos da degradação da economia ianque devido às políticas ultraprotecionistas de Trump – levando-o inclusive a recuar parcialmente das suas medidas anti-China – e os sinais de rachaduras na coalizão reacionária que o levou ao governo, como ficou evidente na sua discussão pública (na verdade, um espetáculo de acusações infames e teorias conspiratórias muito representativo da extrema-direita) com Elon Musk. Mais do que nunca, se comprovam as palavras de George Dimitrov segundo a qual o fascismo é um poder feroz, porém precário, tanto porque não pode suprimir a renhida disputa entre as diferentes frações da burguesia pelo controle do aparelho de Estado, como porque sua política odiosa atiça o espírito revolucionário das massas. Como disse Revolução Cultural logo nos primeiros dias do mandato de Trump:


Ainda está fresca na memória mundial a lembrança do assassinato atroz de George Floyd em 2020, e a onda de indignação e protestos igualmente mundiais que a ele se seguiu. Esses mesmos Estados Unidos do qual sopram os ventos pestilentos do novo fascismo também presenciaram entre 2023 e 2024 ocupações de universidades e manifestações gigantescas em favor da Palestina. Essas pessoas existem, são muitas milhares e milhões e logo entrarão em cena novamente. É esta a dialética da luta de classes que um revolucionário não pode jamais perder de vista, ainda, e talvez sobretudo, nos momentos mais difíceis¹

É exatamente este contra-ataque que começa. À medida que seu governo seja mais desmascarado, Trump se tornará mais perigoso e agressivo, dentro e fora do país. Mas isto, por sua vez, atiçará o mesmo sentimento de resistência que se vê em Los Angeles em escala planetária, o que de certa forma já se ensaia na nova onda de protestos contra o genocídio em Gaza, alimentados pela corajosa e inteligente ação de denúncia que foi a Flotilha da Liberdade. Se os imperialistas têm um plano – rearmar-se para enfrentar outras potências no plano externo e as sublevações internas –os povos também possuem um, que é o de levantar-se em toda a parte para esmagar seus inimigos comuns, o imperialismo e o fascismo. Avante!


_____

Se inscreva em nossa newsletter

Receba em primeira mão as notícias em seu e-mail

Seu e-mail
Se inscrever
bottom of page