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PCI (Maoista) - "Sonu (Venugopal) é um traidor da Revolução - A Guerra Popular é o nosso caminho"

Publicamos a nota emitida pelo Partido Comunista da Índia (Maoista), na ocasião de um comunicado emitido pelo Porta-Voz do Partido, em que, sem representar a vontade do Partido e do povo, fala em depor as armas e entregar a Guerra Popular, traindo a Revolução Indiana.


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Não é nossa política trair os interesses do povo entregando armas ao inimigo e se integrando ao fluxo da vida comum do povo. Nosso dever é continuar a luta de classes – a guerra popular – para fazer avançar o movimento revolucionário na retaguarda, de acordo com a situação social alterada.


Desde 17 de setembro, um comunicado de imprensa emitido por um membro do Birô Político (BP) do nosso partido, o camarada Sonu, sob o nome de Abhay [nome adotado por todos que ocupam a posição de porta-voz do Partido - NT], seu arquivo de áudio e um apelo ao povo revolucionário têm sido amplamente divulgados na mídia impressa, eletrônica e digital. Nele, é anunciado:


"Em vista da situação internacional e doméstica alterada, e em vista dos apelos feitos pelo Primeiro-Ministro, pelo Ministro do Interior e pelos principais oficiais da polícia para depor armas e se juntar ao fluxo da vida, decidimos depor armas."


Também disse que isso faz parte dos esforços realizados pelo falecido Secretário-Geral do nosso partido, o camarada Amarudu Basavaraj, para negociações de paz. Essa declaração feita pelo camarada Sonu é uma decisão pessoal dele.


O Comitê Central, o Politburo e o Comitê Especial de Zona de Dandakaranya rejeitam e condenam completamente essa declaração feita por ele.


A situação internacional e doméstica alterada não sugere abandonar a luta armada. Pelo contrário, ela destaca a necessidade de continuar a luta armada. A exploração e opressão imperialista sobre os povos e raças oprimidas dos países atrasados estão se tornando cada vez mais intensas. Nos países capitalistas e imperialistas, a classe capitalista está intensificando ainda mais a exploração e opressão da classe operária e das classes médias em nome de "medidas de austeridade". As classes exploradoras implementam o fascismo e o racismo.


Tudo isso é resultado da crise econômica e política imperialista, que se intensifica dia após dia. Em nosso país, as grandes corporações nacionais e estrangeiras pertencentes ao capital imperialista e de intermediários estão intensificando a exploração e a opressão em todos os setores da vida social, incluindo a agricultura, indústria e serviços.


Com isso, as massas (classes oprimidas, grupos sociais oprimidos, raças oprimidas) nas áreas urbanas, planas e florestais estão realçando a necessidade de expandir e intensificar a luta de classes contra a aliança entre as classes imperialistas, capitalistas intermediárias autocráticas e latifundiárias.


Os governos central e estaduais do RSS-BJP fascista, bramânico e hindutva estão demonstrando a necessidade de resistir aos ataques fascistas perpetrados contra as amplas massas do país em todas as esferas da vida social.


As desigualdades econômicas e sociais estão aumentando acentuadamente no mundo e em nosso país. Nem em nosso país, nem no mundo, os problemas diários das pessoas ou os problemas fundamentais foram resolvidos.


Nessa situação, o contexto atual do nosso país e do mundo exige a continuação da luta armada, coordenando formas legais e ilegais, clandestinas e abertas, estruturais e de massa.


A afirmação do camarada Sonu de que o desarmamento faz parte dos esforços do nosso Secretário-Geral, o falecido camarada Basavaraj (BR), pelas negociações de paz é uma distorção dos fatos. Embora o falecido camarada Basavaraj tenha anunciado em sua declaração de 7 de maio que discutiria o desarmamento com nosso grupo central, logo percebeu o erro daquela declaração e, como os governos central e estaduais continuavam a guerra "Kagaar", ignorando o apelo por negociações de paz feito pelo nosso partido, ele convocou todo o partido, o EGPL e o campo revolucionário a retirar aquela proposta e resistir à operação "Kagaar".


É sob sua orientação que hoje o partido, o EGPL e o campo revolucionário em todo o país estão resistindo à guerra "Kagaar" da melhor forma possível, por meios legais e ilegais. O camarada Sonu deliberadamente distorceu esse fato. Essa distorção maliciosa é vil e condenável.


Coletar opiniões de membros do partido e comitês do partido em vários níveis sobre a questão de depor armas e se juntar ao fluxo da vida do povo; coletar opiniões de militantes e líderes do partido que estão na prisão; coletar opiniões de simpatizantes revolucionários, forças democráticas, progressistas, de esquerda e organizações – É um plano maligno para dividir o nosso partido. Solicitamos ao camarada Sonu que abandone esse plano nefasto. Conclamamos as organizações populares, membros do partido, comitês em vários níveis, líderes partidários, membros presos, simpatizantes revolucionários, forças democráticas, progressistas e de esquerda e organizações a rejeitar esse plano maligno.


Ao dizer que o movimento revolucionário indiano foi derrotado, o camarada Sonu declarou, na nota intitulada "Apelo ao Povo Revolucionário", que isso ocorreu devido aos erros do “extremismo montado no camelo” seguido pelo partido.


Se ele achava que o partido havia adotado táticas extremistas, era sua responsabilidade como membro do Politburo permanecer no partido e trabalhar para corrigir os rumos. Mas ele decidiu abandonar esse método revolucionário e se juntar ao fluxo da vida do povo.


“Pelo menos agora, a única tarefa restante diante do partido é colocar fim à prática dogmática da linha de guerra popular prolongada, da luta armada, independentemente das mudanças de tempo e circunstâncias, da linha chinesa, da linha russa, e lutar para fazer a revolução indiana vitoriosa numa linha adequada às condições da Índia e ao tempo,” ele afirmou na declaração "Apelo ao Povo Revolucionário".


Se o caminho seguido pelo partido fosse dogmático, ele poderia ter proposto um caminho alternativo e travado a luta entre duas linhas dentro do partido. Ele não estava disposto a isso. Rejeitar a luta armada e declarar uma cessação temporária da luta armada seria enganar os quadros do partido e o povo.


De acordo com a teoria do Marxismo-Leninismo-Maoismo, a tarefa central da revolução é a tomada do poder de Estado. Para isso, travamos a luta armada com força armada. Seja na linha da guerra popular prolongada, seja na linha da insurreição geral, é com força armada que as classes oprimidas derrubam as classes exploradoras do poder e tomam o poder.


Como nosso país é semicolonial e semifeudal, nosso partido pratica a linha da guerra popular prolongada que toma o poder região por região. Portanto, decidir depor armas e buscar negociações de paz é contrário à teoria do Marxismo-Leninismo-Maoismo e à nossa linha político-militar.


Depor armas significa entregá-las ao inimigo, render-se ao inimigo. Cessar a luta armada em nome de um cessar-fogo temporário significa que o partido revolucionário se tornará um partido revisionista. Entregar armas ao inimigo significa trair os mártires e as amplas massas (classes, grupos sociais e raças oprimidas) do país.


Isto é um revisionismo moderno descarado e uma traição revolucionária.


Portanto, exigimos que os membros do partido, comitês partidários em todos os níveis, membros presos, líderes partidários e simpatizantes revolucionários condenem firmemente a traição revolucionária de Sonu, que se prepara para se render ao inimigo entregando armas.


Se ele e seus seguidores querem se render ao inimigo, que o façam. Mas eles não têm autoridade para entregar as armas do partido ao inimigo. Por isso, exigimos que devolvam essas armas ao partido. Caso não as entreguem de forma amigável, estamos orientando o EGPL a apreender suas armas.


Seria uma fraude ele declarar cessar-fogo temporário, já que rejeita a luta armada, e o caminho que deseja seguir é o caminho parlamentar. Isso seria um revisionismo neorrevisionista ao estilo Prachanda.


Neste contexto, informamos que ele não tem autoridade para emitir comunicados em nome de Abhay. Cabe ao porta-voz de mídia Abhay aderir à linha básica, políticas e resoluções do nosso partido, transmitir a posição do partido sobre os acontecimentos políticos e convocar o povo à luta.


Ele, que adotou uma posição completamente diferente, não tem autoridade para emitir declarações em nome de Abhay.


O Comitê Especial de Zona de Dandakaranya (DK SZC) concorda plenamente com esta declaração emitida pelo Comitê Central. Conclamamos todos os membros do partido, comitês e comandos em todos os níveis do DK a levar este comunicado às organizações populares em Dandakaranya, a todas as demais estruturas locais e ao povo, e a fazer esforços políticos e estruturais para consolidar o povo e as estruturas populares no movimento revolucionário.


Reiteramos que nosso partido está pronto para negociações de paz. Apelamos à sociedade civil e a todo o povo para construir um movimento popular nacional para pressionar os governos central e estaduais a aceitarem negociações de paz.


Em uma situação em que nosso partido, o PLGA e todo o movimento revolucionário estão sofrendo perdas graves devido à contraofensiva revolucionária, render-se ao inimigo e entregar-se por medo do ataque inimigo seria trair os mártires e o povo.


Nosso dever é rejeitar essa traição e continuar a luta de classes – a guerra popular – de acordo com as condições sociais alteradas, ajudando a fazer avançar o movimento revolucionário que está na retaguarda.


Os retrocessos e derrotas no movimento revolucionário são temporários. A vitória final pertence ao povo.


A luta de classes vem acontecendo há milhares de anos por uma sociedade na qual ninguém neste mundo possa roubar o outro. Essa luta de classes é a grande vitória. A revolução passa por uma série de derrotas até alcançar a vitória final. A vitória final dessa grande jornada é o estabelecimento do socialismo-comunismo na Terra.


Para isso, nosso dever e nosso caminho é continuar a luta de classes – a guerra popular – em nosso país e no mundo, sem medo dos retrocessos e derrotas do movimento revolucionário.


Saudações revolucionárias,


Abhay

Representante, Comitê Central

Partido Comunista da Índia (Maoista)


Vikalp

Representante, Comitê Especial de Zona de Dandakaranya

Partido Comunista da Índia (Maoista)


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