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"Uma mulher trans no Exército do Povo” e “A Revolução não tem gênero”

Atualizado: há 4 dias

Combatente do NEP. Reprodução: @redstreamnet/X
Combatente do NEP. Reprodução: @redstreamnet/X

Em 27 de abril deste ano, junto com outros combatentes vermelhos do Novo Exército do Povo (NEP), a combatente conhecida como Ka Daisy/Ka Dahlia foi martirizada na região (Barangay) Tapi na cidade Kabankalan em Negros Ocidental (a metade no noroeste da Ilha de Negros na Filipinas). Ela era uma mulher trans que foi anteriormente uma liderança do movimento estudantil em Kabataang Makabayan/KM (“Juventude Patriótica”), organização clandestina da juventude comunista, antes de entrar no Exército Popular durante a pandemia, onde ela serviu como instrutora política e oficial de batalhão.


​ Ka Daisy, também chamada de “Inday” pelos seus camaradas, era uma das várias pessoas dissidentes de gênero que compunham/compõem o NEP, responsável por travar a Guerra Popular Prolongada há mais de 50 anos nas Filipinas (desde 1969), dirigida pelo Partido Comunista das Filipinas (PCF).


Foi o Partido e o Exército Popular os responsáveis por oficializarem o primeiro casamento gay do país em 2005, entre seus oficiais Ka Andres e Ka Jose, em uma das áreas libertadas pelo exército guerrilheiro. Após um tratamento inicialmente errado da questão, o Partido já vinha retificando sua postura desde 1995. Em seu “Sobre a Relação Proletária dos Sexos”, um regulamento em relação aos relacionamentos internos no partido e na guerrilha, lançado em 1998, consta:

 

E. Sobre Relações Homoafetivas
1. O Partido reconhece o direito de cada membro individual de escolher seu gênero ou sexo
2. Os princípios e diretrizes fundamentais sobre o casamento dentro do Partido são igualmente aplicáveis aos casos de relações homoafetivas

Desde então, o recrutamento de LGBTs para o exército e o partido tem permitido a incorporação de novos combatentes, antes marginalizados, às fileiras da revolução e a conclusão de que só uma Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo assegura uma verdadeira emancipação tão procurada em um país que não só não garante direitos básicos, mas em que estes são um dos principais alvos da política reacionária do Estado Filipino. O ex-presidente e genocida Duterte chegou a “denunciar” que 40% dos guerrilheiros da força insurgente seriam gays (!), num intuito de unir uma opinião pública reacionária para atacar a guerra popular.

 

Segue abaixo a tradução de dois relatos que servem para o estudo sobre a prática com que os revolucionários maoistas lidam com a questão LGBT na Revolução Filipina: “A Revolução não tem gênero”, publicado na revista Liberation da Frente Democrática Nacional das Filipinas, e o relato “Uma Mulher Trans no Exército Popular”, publicado no portal Philippine Web Central, seguidos do vídeo em homenagem, publicado na página Villagers Point of View, ao mártir da camarada Ka Daisy.


A Revolução não tem gênero (2018)


por Markus del Pilar e Pat Gambaom


“Se fôssemos reunidos nesta frente guerrilheira, formaríamos uma companhia. Mas isso não vai acontecer. Você viu como fomos barulhentos durante o jogo de vôlei? Podemos ser extremamente barulhentos.” Todos caíram na risada com a ideia.


São raras as vezes em que se reúnem. Na verdade, alguns deles acabaram de se conhecer. Pertencem a diferentes zonas guerrilheiras e, como disseram, não podem ser agrupados. Não porque sejam barulhentos, mas porque há uma necessidade específica deles nas áreas para as quais foram designados.


Eles são membros do Batalhão Pulang Bagani (BPB) do Novo Exército do Povo (NEP). Revolucionários. Bayot¹, gays.


A luta contra a discriminação


Ka Riko, um coreógrafo, relatou que seus "ninunong bakla" e "anitong bading" (literalmente “ancestrais gays” e “ícones gays”) nos centros urbanos sofreram discriminação de alguns membros do movimento que consideravam a homossexualidade uma fraqueza. Os gays eram criticados por suas mãos gesticulantes e quadris balançando, especialmente durante manifestações. Houve até uma época em que ser gay era considerado um risco à segurança.


O crescente número de gays e lésbicas no Partido exigiu estudos aprofundados, remodelagem ideológica e um guia político para a atitude correta diante dos membros que expressaram sua preferência sexual. Esses esforços têm como objetivo mitigar, senão eliminar por completo, a discriminação de gênero.


Entre esses esforços está o documento do Partido “Sobre a Relação Proletária dos Sexos (SRPS)”, para orientar relacionamentos e casamentos. Durante o 10º Pleno do Partido Comunista das Filipinas (PCF), foram incluídos os direitos iguais dos gays e lésbicas, com reconhecimento de suas preferências sexuais, bem como dos relacionamentos e casamentos que optem por estabelecer.


Além disso, com o tempo, os gays provaram seu valor. Que suas mãos gesticulantes e quadris balançando nada têm a ver com sua capacidade de liderar e realizar tarefas — inclusive tarefas militares.


No entanto, o processo de aceitação e reconhecimento dos direitos dos membros não heterossexuais não tem sido fácil. Além do desenvolvimento desigual dos membros no movimento, a influência da cultura e sociedade burguesas, que desprezam e discriminam lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), é forte. Combater persistentemente essa influência degradante é imperativo.


Ka Duday, um dos membros da equipe médica do BPB, revelou o quanto se sentia desconfortável no início. Ele não sabia como se posicionar. “Não posso tomar banho com os homens porque violaria as regras. Não posso me juntar às mulheres porque podem achar que estou me aproveitando delas. Aí alguém comentou que gays não têm lugar na revolução. Fiquei profundamente ofendido, me desmoralizei. Saí do movimento. Mas em casa, só me restava chorar. Depois de alguns meses, mandei avisar que voltaria para fazer uma avaliação com eles.”


Ka Duday acreditava que combater a cultura degradada dessa sociedade burguesa em que nascemos e iniciar mudanças só frutificaria a partir da luta coletiva de gays, lésbicas e heterossexuais na revolução democrática nacional. Documentos do Partido estão disponíveis para conscientizar gays e lésbicas de que não estão separados da opressão e exploração que sofrem os outros gêneros. Por isso, é importante que assumam um papel ativo na revolução popular.


“Mas não podemos transmitir a mensagem e convencer sobre a necessidade da revolução se nós mesmos somos indisciplinados,” disse Ka Duday.


Enquanto isso, Ka Riko compartilhou sua experiência durante um confronto com os militares em 2000, quando ficaram na defensiva. Tiveram dificuldade para recuar. O exército avançava rapidamente. Então, um de seus camaradas, gay, posicionou-se longe da unidade principal do NEP e atirou contra os militares para desviar a atenção deles. Essa tática de distração permitiu que a unidade do NEP manobrasse e recuasse. “Orgulho!” exclamou Ka Riko.


Esse incidente foi um ponto de virada na forma como os gays em sua unidade eram tratados. Continuavam a fazer piadas, mas agora com carinho, ao contrário de antes, quando sentiam que as pessoas os evitavam. Com orgulho, Ka Riko afirmou: “Gays no movimento são incríveis — valentes e verdadeiros combatentes.”


Lembraram com carinho de Wendel Gumban — Weng para sua família, Wanda para seus amigos e camaradas na cidade, e Ka Waquin para os combatentes vermelhos do BPB e os Lumad — que foi martirizado. Formado em Turismo pela Universidade das Filipinas, Wendel deixou de lado ambições pessoais para servir às massas e à revolução.


“Além de ser um guerreiro gay, a dedicação de Ka Waquin ao serviço ao povo é uma inspiração eterna, não apenas para nós, gays, mas também para muitos camaradas e para as massas. Ele provou que ser gay não é obstáculo para empunhar uma arma, especialmente se for pela libertação nacional,” declarou Ka Duday.


Saindo do armário


Além de enfrentar o inimigo, eles sabem que também é preciso enfrentar com coragem as contradições internas. Sair do armário é convite para ser diminuído, ridicularizado e desprezado.


“Desde o ensino médio eu já sabia que era gay, mas escondi da minha família. Convivi com o NEP, mas não tinha planos de me juntar. Apenas os ajudava quando podia. Se você vem de uma família camponesa, sempre vai desejar tirar sua família da miséria. Assim, trabalhei como segurança privado na cidade.


No entanto, não suportei a situação exploradora dos seguranças. Era um sacrifício inútil. Larguei o trabalho e entrei em contato com meu amigo do NEP para expressar meu desejo de me juntar a eles,” contou Ka Princess.


“Por mais de um ano, escondi meu verdadeiro eu do grupo. Mas isso me atormentava, então abri meu coração a Ka Bob, membro do comitê superior. Pedi que ele levasse o assunto ao comitê. Não sabia como iriam reagir, mas isso era o que menos me preocupava. O importante era que eu havia me ‘assumido’ e me senti aliviado, acrescentou Princess.


Princess esperava zombaria de seus camaradas e das massas ao saberem a verdade. Mas isso não aconteceu. Na verdade, alguns nem acreditaram.


“Se você realmente quer esconder sua identidade, faz de tudo para evitar suspeitas,” explicou Ka Princess.


Em uma das celebrações de aniversário do PCF, Princess convidou sua família. Foi ali que admitiu sua preferência sexual. No início ficaram chocados, mas depois que ele se explicou, o aceitaram de coração.


Ka Princess sentiu-se liberta após a confissão, como se um grande espinho tivesse sido tirado de sua garganta. Entrou no NPA como Ka Marco, agora é Ka Princess, guia política de um pelotão.


Para Ka Awra, ser moro² e gay é um fardo duplo.


“Sempre invejei meus amigos da cidade porque muitos deles, homens e mulheres, dominavam o linguajar [lingo] gay. Tive a impressão de que os gays eram muito bem-vindos. Depois soube que já suspeitavam de mim, por eu ser recatado e delicado. Mas nunca me perguntaram nem me fizeram admitir. Em 2005, fui convidado para o lançamento de uma organização de gays e lésbicas. Fiquei me perguntando por que fui convidado. Durante a apresentação, cada um dizia seu nome e seu gênero — gay, lésbica ou bissexual. Quando chegou minha vez — ali, me assumi e minha ‘carreira’ como Awra Alindogan foi inesperadamente lançada. Bongga!” maravilhou-se Ka Awra, oficial de educação.


Ka Awra descobriu, após a revelação, que podia fazer e contribuir muito mais para a revolução — podia escrever, dançar, exibir seu talento cultural para enriquecer seu trabalho de organização e instrução. Abriu-se para os camaradas e para as massas. Percebeu que as massas o aceitariam e amariam independente de seu gênero, contanto que ajudasse com seus problemas, estivesse presente nos tribunais populares resolvendo questões, esclarecesse e ensinasse — seja cursos do Partido ou simplesmente leitura e escrita. Enquanto estivesse com elas na elaboração de planos e programas que servissem a seus interesses, o aceitariam de todo coração.


Gay engenhoso


“Teve uma vez que nosso acampamento foi invadido e todos os nossos pertences foram levados. As massas, ao saber do ocorrido, me enviaram uma sacola cheia de coisas para repor o que perdi. Fiquei tão emocionada com o gesto que chorei de alegria. Escrevi de volta para agradecer. As massas amam profundamente o exército do povo. Ficam sempre animadas para nos ver e trocar cumprimentos sempre que aparecemos,” contou Ka Awra.


Awra expressou sua percepção de que o respeito não se conquista escondendo quem se é. Em primeiro lugar, não há necessidade de esconder ou negar seu gênero. Se alguém faz bem o seu trabalho, tem boa relação com todos, segue as diretrizes e programas do movimento revolucionário, não haverá complicações. Isso não vale apenas para gays. Todos, homens e mulheres, devem cumprir bem suas tarefas para a revolução. Assim, com certeza conquistarão a confiança e o respeito dos camaradas e das massas.


Certa vez, foi designado para liderar uma equipe numa operação militar especial. Recusou veementemente, especialmente porque teria de cortar o cabelo comprido. Chorou o tempo todo enquanto cortavam seu cabelo. “Ayoko na mag-struggle” (não quero mais lutar), disse rindo ao relembrar o episódio.


Mas no fim, percebeu que não podia priorizar desejos pessoais acima das tarefas revolucionárias. Aceitou a missão e ensaiaram como executar a operação. Ele deveria comandar um posto de controle supostamente do exército. Durante a ação, havia “diretores” que o orientavam. Chamavam sua atenção quando sua voz e gestos ficavam muito afeminados. Mas o deixavam ser ele mesmo quando não havia mais ninguém por perto. Podia sentar de pernas cruzadas, se abanar com entusiasmo. Mas, quando havia gente por perto, voltava ao “personagem militar” e executava o papel com sucesso.


“Depois da operação, todos estávamos morrendo de fome enquanto arrumávamos nossas coisas. Vimos um caminhão de frutas se aproximando e os membros da minha unidade me pediram para pedir algo para comer. Apesar de irritada, a compaixão falou mais alto e parei o caminhão. Estava de regata, mas ainda com a calça camuflada. Usei meu charme. No entanto, os que estavam no caminhão conseguiram me identificar como do NEP, porque disseram que ninguém do exército admitiria ser gay. Depois soubemos que eram de uma das barangays onde já havíamos feito trabalho de base,” continuou Awra.


Movimento de Libertação


O reconhecimento e o respeito aos direitos de gays e lésbicas pelo PCF é um grande avanço para esses grupos. O movimento continuará a aprender e tirar lições conforme avança a revolução democrática nacional. Pode encontrar obstáculos enormes no caminho, mas guiado pelos princípios do Marxismo-Leninismo-Maoismo, será capaz de abrir caminho até a vitória. Os camaradas, quadros e massas estão lá para concretizar, viver e enriquecer ainda mais essas lições.


Segundo Ka Riko, é inevitável que os gays ainda enfrentem problemas, especialmente com camaradas que ainda não se livraram da cultura burguesa em que cresceram. Mas é aí que o PCF se diferencia dos outros partidos políticos. Reconhece suas fraquezas, aprende com elas e se corrige — e assim também fazem seus membros.


“A revolução não discrimina por gênero. A arma não tem gênero. O desejo de servir às massas e vencer a revolução para instaurar mudanças reais na sociedade nos une a todos — homens, mulheres, gays, lésbicas,” acrescentou Ka Princess.

“É justo que todos os gays e lésbicas se juntem ao movimento revolucionário. Só por meio da revolução armada poderemos promover e construir uma sociedade cuja beleza não esteja apenas na aparência, mas venha do núcleo da liberdade completa,” concluiu Ka Duday.


Mais do que o reconhecimento de seus direitos, o Partido tem equipado gays e lésbicas com teoria e prática MLM para que possam libertar não só seu setor, mas todas as classes oprimidas. Estão preparados para destruir a crença convencional de que seu gênero é apenas para salões de beleza e que seus talentos se limitam ao entretenimento. Estão prontos para construir as bases de uma sociedade livre das correntes da exploração e da discriminação.


Vídeo: @koreaarchive/Instagram

Uma mulher trans no Exército do Povo



Há mais de um ano, Ka Daisy, uma mulher trans, atua como combatente vermelha em tempo integral. Ela se juntou ao Novo Exército do Povo (NEP) durante a pandemia, três anos após realizar trabalho revolucionário como membro do Kabataang Makabayan. Ela contou como sua unidade se envolveu em um confronto armado em seu segundo dia na unidade.


Ka Daisy, também chamada de “Inday” por alguns camaradas, agora atua como guia política do esquadrão. Como dirigente, ela garante o fortalecimento da organização. Ela ajuda a traçar planos e programas, e garante sua implementação. Também realiza tarefas técnicas diárias, como buscar água, cozinhar e transportar suprimentos.


“Tenho total respeito pela Ka Daisy”, disse Ka Alas, seu líder de esquadrão. “Além de ser prestativa, ela ensina muito bem. Desde que foi designada para cá, passou a me ensinar LitNum (alfabetização/matemática). Como já passei da minha melhor idade, às vezes esqueço as lições, mas Inday continua me incentivando a aprender.”


Ka Daisy foi calorosamente recebida pelos camaradas como nova recruta. Por sua parte, ela conseguiu se adaptar rapidamente às normas militares do NEP.


“Mesmo antes de eu me juntar à unidade, os camaradas já tinham sido orientados sobre meu gênero. Eles participaram de reuniões de estudo sobre a luta LGBT”, disse Ka Daisy. Em sua unidade, os instrutores incluem a orientação LGBT ao ministrar a orientação militar básica. Isso visa corrigir visões e tratamentos equivocados em relação às pessoas LGBT. Algumas concepções erradas ainda se manifestam, mas são enfrentadas coletivamente de forma estruturada e camarada.


Como os demais camaradas, Ka Daisy carrega uma mochila pesada. Sua bolsa contém materiais de leitura impressos como o Ang Bayan e outros documentos e livros, utensílios de cozinha, suprimentos e aparelhos eletrônicos. Misturado a tudo isso está seu estojo de maquiagem.


“Sempre que realizamos trabalho de massa, distribuímos documentos como o AB para atualizar as massas sobre questões sociais importantes”, disse ela.


Se alguém perguntar quantas mulheres há na unidade, os camaradas incluiriam Ka Daisy. Isso está muito distante das experiências que teve quando ainda estudava em uma escola católica. Ela sofreu restrições e discriminação baseada em gênero. Foi proibida de usar as roupas que preferia e teve que cortar seu cabelo comprido.


Dentro do NEP, Ka Daisy está feliz por fazer parte da construção de uma sociedade com compaixão e preocupação por mulheres trans como ela. Para ela, o gênero não é uma questão para travar a revolução. Não é um impedimento, nem uma questão fundamental. Não se trata de competir. Basta dedicar o coração e o tempo para servir à revolução.


“Como jovem LGBT, nosso papel é importante para avançar a revolução. Para mudar a percepção da sociedade, precisamos transformar a própria sociedade”, acrescentou.


Na luta revolucionária, Ka Daisy pode expressar livremente seus verdadeiros sentimentos. Durante o 50º aniversário da Frente Democrática Nacional das Filipinas, ela liderou as celebrações na frente guerrilheira. Atuou como facilitadora do programa e decorou o local. Também foi uma das instrutoras das apresentações culturais de dança e música. Por se tratar de uma ocasião especial, Ka Daisy usou batom, pó facial e delineador.


Centenas de camponeses dos bairros vizinhos prestigiaram o evento.


Na área de responsabilidade da unidade de Ka Daisy, há alguns membros LGBT que pertencem aos órgãos básicos do Partido no bairro. Eles participaram ativamente das apresentações culturais e estavam abertos a socializar com os combatentes vermelhos.


Ka Daisy ficou muito surpresa ao encontrar alguém como ela, LGBT, que também é combatente vermelha.


“Já sabia há muito tempo que o NEP aceita pessoas LGBT como eu. Estou feliz por finalmente ter conhecido alguém que veio da comunidade. Pensei que estava sozinha aqui”, disse ela em tom de brincadeira.


De fato, todos têm direitos e responsabilidades iguais no movimento. Em uma sociedade que oprime e julga pessoas LGBT, é somente na revolução que elas podem experimentar a verdadeira liberdade de serem quem são.



Vídeo: @villagerspov/Instagram

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¹Termo semelhante ao que no português é o “bicha”.

²Identidade etno-linguística de grupos de maioria muçulmana nas Filipinas.

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