A falsa retórica dos sionistas envergonhados

Macron, presidente francês e um dos sionistas envergonhados.

Existem poucos adjetivos que tenham a intensidade necessária para definir de modo preciso o que tem acontecido em Gaza nos últimos meses. A carnificina imposta ao povo palestino pela entidade terrorista de Israel, tem redefinido o entendimento geral sobre o que é genocídio. Parece ser insaciável a sede de sangue e tortura sionista contra os palestinos e sua psicopatia tem chocado a todos.

Nesse cenário, o recente comunicado emitido pela França e assinado por Andorra, Austrália, Canadá, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, San Marino, Eslovênia e Espanha reconhecendo um Estado palestino é extremamente insuficiente para responder a besta sionista e basicamente coloca toda a culpa do massacre no povo palestino. O comunicado, que já começa com a condenação do dilúvio Al-Aqsa e do 7 de Outubro e clama pela deposição das armas por parte de toda resistência palestina, colocando toda a culpa do massacre sofrido pelo povo palestino nos próprios palestinos e colocando o dilúvio Al-Aqsa como um mero ‘’ataque antissemita’’.

O comunicado não responsabiliza Israel pelas centenas de assassinatos em Gaza, e tantas outras mortes por fome provocadas pelos sionistas e não menciona os bombardeios sem fim nas nações árabes vizinhas, nem fala em cortar relações com os sionistas. O escandaloso documento ainda coloca a chamada ‘’Autoridade Palestina’’, que reivindica o poder nos territórios palestinos da Cisjordânia e é capacho da besta sionista, como o próprio Estado Palestino quando fala que a solução para o fim da agressão é instaurar os ‘’dois Estados’’:

Saudar os compromissos assumidos pelo Presidente da Autoridade Palestina em 10 de junho, onde ele (i) condena os ataques terroristas de 7 de outubro (ii) pede a libertação dos reféns e o desarmamento do Hamas (iii) compromete-se a acabar com o sistema de pagamento de prisioneiros (iv) compromete-se com a reforma escolar, (v) compromete-se a convocar eleições dentro de um ano para desencadear a renovação geracional e (vi) aceita o princípio de um Estado palestino desmilitarizado

Pedir um ‘’Estado palestino desmilitarizado’’ é a mesma coisa que clamar pela continuidade do genocídio sem nenhum tipo de resistência, um apoio a Israel disfarçado de humanismo. Esse posicionamento criminoso e pró genocídio foi referendado pela ‘’Liga Árabe’’, que é um grupo de territórios e nações árabes como Arábia Saudita, Marrocos, Egito dentre outros. Esse posicionamento recuado e extremamente alinhado com os interesses sionistas, demonstra a cooperação de tais nações com Israel e o desprezo pelas massas palestinas que são assassinadas diariamente em Gaza e na Cisjordânia.

Massa de palestinos em busca de comida. Vídeo: CNN.