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Por que a imprensa mente sobre Israel?

Foto: Firas Makdesi/Reuters
Foto: Firas Makdesi/Reuters

Quando um país bombardeia uma nação soberana e assassina seus cidadãos o nome disso não é "conflito", mas agressão.


A resposta do país agredido não se chama “retaliação”, mas autodefesa.


Segundo o sistema internacional, se um país se sente ameaçado por outro, ele deve apelar aos fóruns diplomáticos existentes, e não passar à ação militar unilateral: isto nos devolveria aos métodos da Antiguidade, com a diferença importante de que os meios de destruição modernos são muito mais letais.


Em 2003, os Estados Unidos invadiram, depredaram, saquearam e dessangraram o Iraque com a justificativa de descobrir o seu arsenal de “armas de destruição em massa”. Elas nunca foram encontradas. Mude Iraque por Irã, e destruição em massa por “enriquecimento de urânio”, e você terá uma situação idêntica.


Benjamin Netanyahu não apenas é o maior infanticida deste século (mais de 50 mil crianças palestinas foram mortas ou feridas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023), como o exército israelense tem assassinado sistematicamente médicos, enfermeiros, ativistas humanitários, jornalistas, diplomatas e cientistas em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Síria e no Irã.


Ontem, durante a aula, um aluno meu, “ensinado” por algum pastor (que pode ser muito fluente em questões religiosas mas que nada entende de Geografia), me indagou: “Professor, você sabia que a guerra de Israel estava prevista na Bíblia?”. De bom grado, desviei o curso da aula para explicar a ele e à turma que o Estado de Israel não existe desde os tempos bíblicos, mas foi criado artificialmente pela ONU em 1948, sobre o território histórico da Palestina.


Israel é um Estado Judeu (não laico, portanto) que não possui nem sequer uma Constituição. No interior do seu território, vigora um apartheid tão agressivo contra os palestinos quanto na África do Sul contra os negros até a década de 1990. Portanto, ISRAEL NÃO É UMA DEMOCRACIA, nem mesmo no sentido liberal do termo.


A defesa da soberania do Irã não se confunde com a defesa do regime político iraniano. Este último é um problema exclusivo do povo iraniano.


Míssel do Irã atinge Tel Aviv. Foto: AP
Míssel do Irã atinge Tel Aviv. Foto: AP

A agressão israelense-norte-americana ao Irã é injusta. A resposta iraniana é justificada. Se uma potência estrangeira bombardeasse o Brasil, a título de qualquer pretexto, nós exigiríamos que o governo respondesse.


Devemos lutar para pôr fim a todas as guerras? Sim, por isso devemos derrotar o imperialismo e o fascismo (que Trump e Netanyahu representam) o quanto antes.

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