Após cessar-fogo, milhares de palestinos voltam ao norte de Gaza
- Redação
- há 16 horas
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Atualizado: há 3 horas
Vídeos mostram milhares de palestinos realizando trajetos de retorno ao norte da faixa de Gaza com o recuo das forças sionistas. A Cidade de Gaza, que já foi umas das cidades com maior densidade populacional do mundo, é o destino dos que voltam hoje ao que se tornou escombros, ainda sob o cerco de Israel e com pouca perspectiva. Fatigados, mas esperançosos com o cessar dos bombardeios israelenses.
O plano de desterritorializar o povo palestino foi derrotado, esse é o dado fundamental. Todos ainda se lembram do plano do Trump de enviar os palestinos para o Egito e fazer de Gaza um balneário, certo? Isso foi derrotado, os palestinos continuam sobre o seu território. É claro que eles seguem com aquele objetivo, só que através de uma abordagem mais prolongada, mas a vontade do imperialismo não decide tudo, se assim fosse eles não teriam sido derrotados na Coreia, Vietna, Afeganistão etc. Não devemos cair em derrotismo nem tomar intenções por realidade. O que se tem até aqui é uma vitória parcial da resistência.
Todas as forças que compõem a Resistência Palestina recusam ativamente a proposta de um cessar-fogo que envolva o entregar de armas. Forças sionistas ainda ocupam parte dos territórios ao norte, Beit-Hanoun, Beit Lahiya e Shejaiya, enquanto é possível ver nos vídeos que circulam na internet a presença de patrulhas formadas pelos braços militares das forças políticas palestinas, frustrando a ideia de uma Gaza controlado por fora sem resistência armada.
Palestinos estão voltando aos poucos a ter acesso a comida e, o mais importante agora diante do genocídio tentado, a relativa paz com o verdadeiro fim dos bombardeios, ainda que já violado nos momentos seguintes à divulgação do acordo mediado no Catar. A troca de prisioneiros, numa incrível proporção de 1 para 100, libertou da tortura e das masmorras coloniais por volta de 2000 palestinos, sendo 1700 capturados desde o 7 de Outubro da Operação Dilúvio de Al-Aqsa.
