DENÚNCIA: PM de Tarcísio e Reitoria da USP perseguem estudantes
- Redação
- 15 de mai.
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Na tarde da última quarta-feira, 14, membros do grupo fascista denominado Instituto União Conservadora (IUC) foram até à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (FFLCH) da USP para gravar vídeos difamatórios e sensacionalistas, tática da qual se vale a extrema-direita para defender a privatização das universidades públicas e a perseguição a qualquer forma de pensamento crítico e científico. Durante o tempo que permaneceram no espaço, arrancaram diversas faixas e proferiram ameaças. Em resposta, os estudantes se mobilizaram para expulsá-los do prédio, já que a guarda da reitoria não moveu uma palha diante dos absurdos cometidos por esta gangue.
Após a expulsão, quatro estudantes realizaram atividades de propaganda no FFLCH para denunciar o ocorrido. Ao sair da universidade, já de noite, eles foram cercados por 5 viaturas e 10 seguranças da guarda universitária (a mesma que foi conivente com as provocações do grupelho de extrema-direita) que iniciaram uma perseguição pelo campus, detendo dois deles. Durante a detenção, os estudantes sofreram diversas ameaças, tentativas de intimidação e tiveram seus documentos confiscados pela guarda, que acionou a polícia militar alegando sem qualquer prova que os detidos haviam depredado o patrimônio público. Encaminhados para o 91º Distrito Policial de São Paulo, os dois estudantes permaneceram algemados por cinco horas e só foram liberados pela manhã após serem coagidos a assinar um termo que os obriga a voltar a depor daqui a 15 dias. Uma das “acusações” levantadas pelos policiais era o fato de os estudantes terem sido vistos “colando cartazes” (!).
É urgente que toda a comunidade universitária da USP –professores, técnicos e estudantes –, bem como entidades democráticas e forças políticas em geral denunciem este episódio, independentemente de filiação política. Trata-se de um ataque absurdo, mais um, perpetrado contra as liberdades democráticas, naquele que é o maior centro universitário da América Latina. O fato de que a própria guarda universitária e a PM de São Paulo tenham sido usadas para retaliar o rechaço do “União Conservadora” pelos estudantes prova que estes grupos agem como verdadeiras milícias fascistas, com ampla conivência das forças de repressão. No entanto, hoje como sempre, o destino dessas hordas é certo: NÃO PASSARÃO!