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Dois anos da heroica operação “Dilúvio de Al-Aqsa”

Palestino rompem o cerco de Gaza no 7 de outubro
Palestino rompem o cerco de Gaza no 7 de outubro

Há exatamente dois anos, a aliança formada pelos movimentos de libertação nacional palestino, o Movimento de Resistência Islâmica – “Hamas”, Frente Popular de Libertação Palestina (FPLP), Frente Democrática de Libertação Palestina (FDLP) e a Jihad islâmica, deflagravam a Operação “Dilúvio de Al-Aqsa” como uma resposta para enfrentar a máquina de assassinatos israelense e a contínua agressão ao Povo Palestino, encerrado nas piores condições na cercada Faixa de Gaza, a maior prisão à céu aberto do mundo, e na retalhada Cisjordânia.


A batalha do Povo Palestino contra a ocupação e o colonialismo não começou em 7 de outubro de 2023, mas sim há 107 anos, incluindo 30 anos de lutas contra o colonialismo britânico e 77 anos de lutas contra, essa sim terrorista, ocupação sionista. É a batalha pela independência, autodeterminação e libertação da jugo colonial de longas décadas que sofre o Povo Palestino, com todas as formas de opressão, roubo de terras, injustiças, expropriação de seus direitos fundamentais, políticas de apartheid e de extermínio étnico.


Nestes dois últimos anos, a entidade ocupante sionista, com o apoio direto do imperialismo dos Estados Unidos, Inglaterra e França, mostrou ao mundo, mais uma vez, todas suas faces criminosas e intensificou a ação terrorista utilizando bombardeios aéreos e de artilharia. Os métodos nazistas de Israel resultaram na destruição de mais de 90% dos edifícios da Faixa de Gaza. Foram bombardeados hospitais, universidades, escolas, padarias, mesquitas, igrejas, casas e toda infraestrutura de energia, água, etc. O deslocamento de mais de dois milhões de pessoas em meio a uma provocada fome severa se agravou, enquanto a agressão à Cidade de Gaza se intensificou, com o objetivo de esvaziá-la de seus moradores e destruí-la. Segundo o Ministério da Saúde, a atual criminosa guerra de agressão já deixou 67.160 mortos, 169.679 feridos e mais de 10.000 desaparecidos.


Mas o heroico Povo Palestino resiste a todos horrores e segue firme. As heroicas forças da Resistência desenvolvem uma luta de guerrilhas e continuam combatendo o agressor. A Operação "Dilúvio de Al-Aqsa" abalou claramente a sensação de segurança e estabilidade dos ocupantes, especialmente com as operações de apoio subsequentes do Líbano, Iêmen, Irã e Iraque. Caiu por terra a arrogante afirmação do criminoso Netanyahu de “acabar em semanas com o Hamas”. Dois anos depois, a brava resistência do Povo Palestino continua a ensinar duras lições ao inimigo, na esperança de que ele entenda que, não importa quanta proteção americana, britânica ou francesa reúna, e não importa quanta energia e armamento reúna para pressionar a resistência e derrubá-la, junto com a questão da ocupação de terras palestinas, ela nunca terá sucesso.


Já dizia Fanon:


"Libertação nacional, renascimento nacional, restituição da nação ao povo, CommonweaIth, quaisquer que sejam ás rubricas utilizadas ou as novas fórmulas introduzidas, a descolonização é sempre um fenômeno violento.” (Frants Fanon, Os condenados da Terra, A Violência)

E o Timoneiro da Revolução Chinesa, Presidente Mao:


“A experiência da luta de classes na era do imperialismo ensina-nos que só pela força das armas a classe operária e as massas trabalhadoras podem derrotar a burguesia e os senhores de terras que estão, ambos, armados. Nesse sentido é correto dizer-se que só com as armas se pode transformar o mundo. Nós somos partidários da abolição da guerra; nós não queremos a guerra. Contudo, a guerra só pode abolir-se com a guerra. Para acabar com as armas há que pegar em armas.” (Mao Tsetung, Citações do Presidente Mao Tsetung, Guerra e Paz)


Seguem e seguiram ecoando as palavras da carta-testamento do mártir Yahya Ibrahim Hassan Sinwar:


“O Dilúvio de Al-Aqsa foi uma batalha de espíritos antes de corpos, e de vontade antes de armas. O que deixei não é um legado pessoal, mas um legado coletivo, para cada Palestino que sonhou com a liberdade, para cada Mãe que carregou seu Filho nos ombros enquanto ele era Mártir, para cada Pai que chorou de dor por sua Filha que foi assassinada por uma bala traiçoeira.


Minha última mensagem é que vocês se lembrem sempre de que a resistência não é em vão, e não é apenas um tiro disparado, mas uma vida vivida com honra e dignidade. A prisão e o bloqueio me ensinaram que a batalha é longa, e que o caminho é árduo, mas também aprendi que os povos que recusam a rendição criam seus próprios milagres com suas próprias mãos.


Não esperem que o mundo faça justiça a vocês, pois vivi e testemunhei como o mundo permanece em silêncio diante de nossa dor. Não esperem justiça, sejam vocês a justiça. Carreguem o sonho da Palestina em seus corações, e transformem cada ferida em uma arma, e cada lágrima em uma fonte de esperança.


Esta é a minha mensagem: não entreguem suas armas, não deixem de atirar pedras, não esqueçam seus mártires, e não negociem um sonho que é direito de vocês. Estamos aqui para ficar, em nossa terra, em nossos corações, e no futuro de nossos filhos.


Recomendo-lhes a Palestina, a terra que amei até a morte, e o sonho que carreguei em meus ombros como uma montanha que nunca se curva. Se eu cair, não caiam comigo, mas carreguem a bandeira que nunca caiu, e façam do meu sangue uma ponte para uma geração que nascerá de nossas cinzas ainda mais forte.


Não esqueçam que a Pátria não é uma história contada, mas uma verdade vivida, e em cada Mártir que nasce do ventre desta terra, nascem mil Combatentes. Se o dilúvio voltar e eu não estiver com vocês, saibam que fui a primeira gota nas ondas da liberdade, e que vivi para ver vocês continuarem a jornada.


Sejam um espinho em sua garganta, um Dilúvio que não conhece recuo, e não descansem até que o mundo reconheça que somos os donos de direito, e que não somos apenas números nos boletins de notícias.”


Mais do que nunca, a bandeira Palestina é desfraldada pelos povos em todos cantos do mundo e ecoa cada vez mais forte: Palestina Livre e Soberana, do rio ao mar!

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