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Sobre Mariana e Brumadinho

Foto: Portal O Tempo. Homem tenta recuperar um armário de sua casa tomada pela lama após rompimento da barragem em Mariana (MG), 2015.
Foto: Portal O Tempo. Homem tenta recuperar um armário de sua casa tomada pela lama após rompimento da barragem em Mariana (MG), 2015.

Nesta semana, no dia 05, completaram-se 10 anos do rompimento da barragem de rejeitos de minérios da Vale em Mariana (MG), que matou 19 pessoas e condenou o Rio Doce e todo o ecossistema ao seu redor a quase morte, e impactou de forma muito decisiva a vida de milhares de pessoas que vivem em seu entorno. Anos depois, em 2019, novamente, um rompimento de barragem da Vale, desta vez em Brumadinho, matou 272 pessoas e até hoje a empresa não foi responsabilidade de forma contundente e nenhum de seus gestores foram presos. Ainda há no Brasil dezenas de barragens de rejeitos em estado precário no estado de Minas Gerais. Assim, publicamos, nesta data, um poema recebido pela redação sobre Mariana e Brumadinho:


Um estalo e de repente, a onda veio

uma onda espessa e marrom


Levou vidas,

levou sonhos


A Vale do Rio Doce,

a Vale da Morte,

dos assassinatos


Para eles ordem e progresso,

pode ser soterrar pessoas vivas,

pode ser matar sem nem mesmo permitir gritos,

ou pedidos de socorro


Acham que tudo está acabado,

que o assunto está finalizado

Mas a lama não evapora no vento,

ela depois de seca,

endurece como rocha


O Rio Doce irá se levantar novamente

Sem lama,

sem a Vale

e com luta


São Gonçalo, 2022



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