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Indonésia: "Primeiro de Maio não é feriado"

Reproduzimos abaixo na íntegra a matéria recém-publicada no portal de notícias Mídia1508 acerca das manifestações de 1º de maio na Indonésia.


Foto: Reprodução
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Em 1º de maio de 2025, grupos antifascistas e sindicatos de Jacarta, capital da Indonésia, se uniram para formar um protesto pelo ‘Dia dos Trabalhadores’. Os manifestantes se reuniram na capital do país em frente ao parlamento, o prédio do Majelis Permusyawaratan Rakyat (MPR) — Assembleia Consultiva Popular da República da Indonésia, um órgão legislativo composto pelos membros do Conselho Representativo do Povo (DPR) e do Conselho Representativo Regional (DPD).


O protesto também contou com a participação da Aliança das Mulheres da Indonésia, do Sindicato dos Trabalhadores Universitários, da Aliança de Jornalistas Independentes, do Sindicato dos Trabalhadores da Mídia e da Indústria Criativa da Indonésia pela Democracia (Sindikasi) e do Congresso da Aliança de Sindicatos da Indonésia (Kasbi). Eles fazem parte do Movimento Trabalhista Junto com o Povo (Gebrak).


Os sindicatos reivindicam direitos trabalhistas e a revogação da Lei Geral de Criação de Empregos (UU Cipta Kerja). Muitos criticaram o presidente Prabowo Subianto e seus planos de expansão militar (Projeto de Lei sobre as Forças Armadas Nacionais da Indonésia – RUU TNI). Isso levou ao tema da celebração do primeiro de maio: “Mei Berlawan” (Maio da Resistência), onde as pessoas se uniram para lutar contra o sistema vigente.


Foto: Reprodução
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Ocorreram manifestações em várias cidades da Indonésia, como Surabaya, Malang, Solo e Makassar. Pelo menos 14 trabalhadores foram detidos.


A revolta eclodiu em pelo menos duas cidade[s], Jacarta e Bandung, onde ocorreram confrontos entre a polícia e manifestantes — a juventude antifascista e trabalhadores. A polícia usou canhões de água, bombas e escudos antimotim para reprimir os manifestantes, que responderam lançando pedras, pedaços de pau e coquetéis molotov contra a repressão.


A manifestação do primeiro de maio na cidade de Bandung teve ao menos dois carros da polícia apedrejados e um incendiado pela indignação em massa dos populares.


Cartazes e textos de divulgação ilustravam algumas das reivindicações dos atos pelo país. Um dos cartazes dizia: “O Primeiro de Maio não é feriado. É dia de luta.” […] “A Aliança Gebrak enfatiza que o Movimento Trabalhista Indonésio não pode ser reivindicado por ninguém ou por qualquer grupo cujo objetivo final seja obter uma fatia do bolo do ‘poder'”, escreveram em um comunicado.


Foto: Reprodução
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Há cinco reivindicações apresentadas pela Gebrak que nortearam o primeiro de maio. São elas: Revogar a Lei Geral de Criação de Empregos e promulgar um Projeto de Lei de Mão de Obra pró-trabalho; Promulgar o Projeto de Lei de Proteção aos Trabalhadores Domésticos e reconhecer a condição dos trabalhadores do setor informal, como mototaxistas e entregadores online; Parar os despejos, implementar uma reforma agrária genuína; Parar projetos estratégicos nacionais que prejudicam o meio ambiente e promulgar o Projeto de Lei dos Povos Indígenas; Revogar a Lei Militar e rejeitar o envolvimento militar em assuntos civis.


Vídeo: Mídia1508/Youtube

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