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Irã castiga Estados Unidos no maior acontecimento do século XXI

Atualizado: há 6 dias

Registro do momento em que mísseis iranianos viajam sobre os céus do Oriente Médio em direção às bases americanas. Reprodução: Internet

Na tarde desta segunda, 23 de junho - décimo primeiro dia das persistentes agressões de Israel contra o povo iraniano -, o Irã lançou mísseis sobre a base americana Al Dueid, localizada no Catar, e sobre a base militar ianque localizada no Iraque. Estes lançamentos se deram como mais um ato de defesa depois que a besta americana, desesperada e atirando para todos os lados com sua falta de respaldo interno, bombardeou instalações de pesquisa e desenvolvimento nucleares do Irã.


Este bombardeio, verdadeiro castigo à praga imperialista que é os Estados Unidos, não se deu (pelo menos nessas proporções) sem o aval do imperialismo russo, como comprovado pela visita do ministro das Relações Exteriores do Irã àquele país pouco antes dos acontecimentos de hoje à tarde. Tal situação foi apontada pela redação da Revolução Cultural em seu recente artigo “Os bombardeios e ataques dos Estados Unidos não poderão derrotar o Ir㔹:


As contradições interimperialistas também jogam um papel, pois não interessa à Rússia e à China uma subjugação do Irã aos Estados Unidos e até, pelo contrário, lhes seria benéfico ver seu maior contendente atolado num pântano que absorvesse sua atenção e as suas forças. Assim, se sua entrada direta a favor do Irã parece hoje improvável, não se pode descartar que estimulem dentro de certos limites a resistência.

A envergadura do bombardeio iraniano pode ser medida pela importância das bases atingidas. A base do Catar é uma das maiores bases dos EUA no Oriente Médio. Ao todo, são dezenove bases na região que estão sob o controle direto dos EUA, ainda que sob cooperação. A base Al Dueid do Catar foi fundada em 1996, custou mais de um milhão de reais para a sua construção e abriga cerca de 10 mil soldados americanos. É a primeira vez que esta base, trampolim para operações na Síria, Iraque e Afeganistão, sofreu ataques do tipo. Inclusive, o Irã tanto avisou previamente o governo do Catar sobre o ataque, quanto evitou ataques a civis cataris. E apesar das suas boas relações diplomáticas, o Catar reforçou seu “direito” de resposta ao Irã.


Sobre a base localizada no Iraque, não sabemos ainda sobre os prejuízos causados pelos mísseis. Os primeiros levantamentos dão conta de explosões na área urbana e de imagens que também confirmam a chegada desses mísseis no território. A Síria, outro país que possui importante base de operações americanas, também diz estar em estado de alerta.


Em discurso após os bombardeios iranianos, a Guarda Revolucionária do Irã apontou sua preparação para maiores embates:


A determinação das nossas forças armadas poderosas e populares é tal que qualquer repetição de atos hostis acelerará o colapso das estruturas militares dos EUA na região, levará à sua retirada vergonhosa da Ásia Ocidental e contribuirá para a realização da aspiração compartilhada da Ummah islâmica e das nações em busca da liberdade em todo o mundo: a erradicação do regime sionista.

Por fim, relembramos a recente análise do nosso editoral sobre as possibilidades de desdobramento da agressão sionista e estadunidense contra o Irã:


[...] caso a classe dominante iraniana e a fração militar ligada mais diretamente aos aiatolás se mantenha em uma firme posição de resistência, ela poderia retaliar uma possível agressão imperialista com o fechamento do estreito de Ormuz e/ou o ataque a estruturas de outras potências imperialistas, forçando seu envolvimento no conflito e mesmo a invasão do país, caso em que realmente o Irã seria não só um enorme cemitério dos invasores como poderia ser o nó que desataria um conflito de dimensões mundiais.²

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²“Israel não é nada além de um porrete na mão do imperialismo norte-americano”. Disponível em: https://www.revolucaocultural.com.br/post/israel-n%C3%A3o-%C3%A9-nada-al%C3%A9m-de-um-porrete-na-m%C3%A3o-do-imperialismo-norte-americano

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