Morte ao sionismo!
- Redação
- há 3 dias
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Na madrugada do dia 9 de Junho de 2025, no 8º dia da missão de 12 ativistas, 48h distantes das terras palestinas, a embarcação Madleen, que tinha como objetivo levar alimentação, remédios, água e divulgação direta da situação de Gaza para o mundo, foi interceptada pelas forças israelenses de repressão. Após inúmeras ameaças do governo sionista e múltiplos ataques psicológicos à missão, o exército sionista sequestrou os tripulantes. Agora os ativistas se encontram no porto da cidade de Ashdod, 30km de Gaza, detidos e isolados para, após isso, serem deportados. O barco foi capturado pelas forças sionistas há cerca de 185km de Gaza.
Entre os 12 ativistas estão: Thiago Avila (Brasil), Greta Thunberg (Suiça), Rima Hassan (França), Bapste Andre (França), Omar Faiad (França), Pascal Maurieras (França), Yanis Mhamdi (França), Suayb Ordu (Turquia), Sergio Toribio (Espanha), Marco van Rennes (países baixos) e Reva Viard (França).
A missão coordenada pela Freedom Flotilla Coalition tem por objetivo furar e denunciar o bloqueio de Israel em Gaza e saiu ao mar no dia 1 de Junho de 2025. Durante todos os dias de navegação, os 12 ativistas têm recorrido a diversas organizações em apoio à Palestina, ao apoio nas redes sociais e em geral a todas as massas populares para denunciar as inúmeras intimidações que vem sofrendo, além de propagandear a situação política que exigiu tal missão. Antes das forças de Israel invadirem o barco dos ativistas, seus drones jogaram uma substância química branca (ainda desconhecida) dentro do barco para aterrorizar os ativistas.
A embarcação foi monitorada diversas vezes durante seu trajeto por drones israelenses. O ministro da Defesa de Israel publicou uma declaração no mesmo dia da operação em que afirmava que “Israel não permitirá que ninguém quebre o bloqueio naval do território palestino”. Ainda disse que Israel iria “agir para prevenir” a chegada da embarcação Madleen em Gaza¹. Apesar das ameaças e intimidações, os tripulantes da missão não se curvaram diante das declarações e permaneceram na embarcação para cumprir o objetivo de levar ajuda humanitária à Gaza. Segundo os ativistas em missão, Israel não tem qualquer autoridade ou direito sobre o território naval internacional e nem mesmo de impedir a chegada de mantimentos básicos para o povo palestino.
Há cerca de 1 mês outra missão do grupo chamada Freedom Flotilla Ship Conscience foi atacada². A navegação foi bloqueada pelo ataque de 2 drones no dia 2 de maio de 2025. Quatro tripulantes ficaram feridos devido a este ataque e o barco ficou gravemente danificado, abortando, ao menos temporariamente, a tentativa de furo ao cerco ilegal.
Em um vídeo propagandeado pelo próprio sionismo que circulou entre ontem e hoje na internet, os soldadinhos israelenses concedem pão e água aos ativistas capturados, em propaganda demagógica de “bons tratos”. Obra de um cinismo sem precedentes, visto que neste momento há centenas de palestinos morrendo de inanição e falta de água. Isto sem falar do genocídio que não descansa um dia sequer, com bombardeios e assassinatos a queima roupa pelo exército de Israel - o exército da desgraça mundial.
A situação política que provocou a iniciativa foi o bloqueio de ajuda humanitária que já percorre 3 longínquos meses por parte de Israel aos palestinos, parte da sua secular ocupação e dos horrores que a política sionista impõe à população em Gaza, cuja intensificação completará logo menos 2 anos. Além do próprio genocídio perpetrado pelo sionismo com apoio do EUA, a situação internacional dos governos tem estado entre a completa servidão à guerra, financiando-a diretamente e indiretamente, amamentando a besta, ou de completa apatia disfarçando de discursos pomposos e pouco consequentes.
O povo palestino conta neste momento, além de suas próprias forças - cada vez mais imersa ao que sobrou de uma grande cidade e à fome, apenas com a solidariedade dos povos do mundo que se levantam em manifestações, boicotes e missões como esta, para que sua luta seja ouvida.
O bloqueio de alimentos e mantimentos básicos completa 3 meses
Devido ao bloqueio instaurado por Israel, a maior parte das crianças em Gaza enfrentam hoje extrema privação alimentar, além de toda população que passa por uma situação de insegurança alimentar³. Durante a semana passada, a Gaza Humanitarian Foundation (GHF), organização criada por Israel e financiada pelos EUA que usa de soldados israelenses para fazer a “segurança” das distribuições de comida, assassinou dezenas de palestinos que estavam nas filas para conseguir comida e mantimentos básicos. A própria organização declara que tem objetivo de “distribuir alimentos com eficiência tecnológica”. Que seria essa eficiência afinal? A decisão, auxiliada por maquinários (vejam bem, auxiliadas, pois nem o mais azul e branco dos computadores tem lado político por natureza, senão que somente através do homem dotado de ideologia que a prepara e manuseia) de quem poderá receber comida. Para isso, usam métodos como o de reconhecimento facial - comparando os rostos famintos com as listas secretas dos indivíduos que supostamente “são ligados ao Hamas”. Esta é mais uma forma de vigilância e clara punição para reprimir o povo de Gaza. Hoje, Israel usa a fome que ela mesmo cria em Gaza não só como arma de guerra através do assassinato da população privada da nutrição mais básica, mas também para colher dados de forma ilegal através de biometria e reconhecimento facial.
Situação Internacional de servidão e apatia dos governos
No último 4 de junho, os EUA vetaram o acordo de cessar fogo proposto pela ONU⁴. Desde outubro de 2023, a Alemanha vendeu cerca de meio milhão de reais em armas para Israel⁵. E apesar do discurso de Lula no dia 3 de junho, no qual afirmou que “o que acontece hoje em Gaza não é mais uma guerra, mas um exército matando mulheres e crianças”, o Brasil ainda guarda diversos acordos em várias áreas com o Estado de Israel. Em 2023, três acordos foram aprovados, um inclusive sobre segurança e crime organizado⁶.
Entretanto, devido à pressão internacional que a missão da embarcação de Madlleen provocou, diversas cidades do Brasil e do mundo saem hoje para demonstrar seu repúdio aos crimes do sionismo e para afirmarem o direito do povo palestino ao seu território e sua vida. Morte ao sionismo!
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