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Após grande repercussão, governo indiano recua de operação anti-naxalita em Chhatisgarh


Foto: Reprodução
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Durante um comunicado sobre as operações anti-naxalistas na terça-feira (13), Bhupest Baghel, membro da assembleia legislativa do estado indiano de Chhatisgarh, informou que o governo do estado perdeu controle sobre as operações maoistas, inclusive demandando a renúncia do ministro-chefe (um cargo equivalente ao de governador) Shri Sai e do vice ministro-chefe Vijay Sharma, na região em que acontece a chamada "Operação Sankalp", uma ofensiva do Estado reacionário indiano que envolveu um contingente de 28.000 soldados do exército permanente do país e das policias locais para combater as atividades revolucionárias do Batalhão Nº 1 do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL) naquela localidade.


Em discurso, o próprio representante do parlamento estadual, questionado por jornalistas, indicou a suspeita em relação aos números contraditórios de assassinatos de combatentes maoistas pelas forças reacionárias do exército indiano, nos comunicados emitidos pelas autoridades de Chhatisgarh. Isso por causa dos diversos indícios de torturas e execuções, como o fato de que parte dos corpos não foi entregue aos familiares, apesar de já identificados, e de que meios de comunicação local e regional foram barrados de acessar o hospital onde estavam os corpos, assim como de acessar as demais informações sobre os combatentes assassinados e sobre o processo identificação. Ele relatou ao jornal Indian Express: “Se 20 corpos foram identificados, por que somente 11 foram entregues? Como o processo de identificação continua acontecendo para 11 corpos se 20 já foram identificados?” Ao que tudo indica, a capacidade do EGPL de combater a última ofensiva levou a uma crise no Estado indiano, minando a continuidade das regulares campanhas de cerco e aniquilamento que vem tentando contra as forças guerrilheiras do povo indiano dirigidas pelo Partido Comunista da Índia (Maoista).


Na tentativa de abater tropas e capturar dirigentes do EGPL, foram registradas baixas, causadas pela resposta do exército revolucionário, de, pelo menos, três membros da força de elite “Greyhounds” por explosões de Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI), dois membros que acabaram mutilados em explosões separadas, e mais meia dúzia de feridos nas forças inimigas.


A capacidade de mobilização e combate do EGPL não têm só se conservado como têm crescido, associada à desmoralização das forças do Estado indiano na opinião pública do país, devido à repercussão das atrocidades e crimes de guerra que cometeram e cometem diariamente contra os militantes maoistas, contra os Adivasi, principalmente as mulheres, e às liberdades democráticas e de imprensa (são inúmeros os casos de prisão e perseguição a jornalistas).


Como parte desta desmoralização, a campanha de solidariedade internacional, que vêm sendo tocada principalmente pelo Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia (CIAGPI), tem tido êxito em dar o máximo apoio à guerra popular do PCI (Maoista), divulgando as vitórias e denunciando os ataques, do lado de fora das trincheiras. Cabe às forças revolucionárias democráticas e proletárias, internacionalistas, intensificar o chamado e a campanha internacional de denúncia contra a Operação Kagaar, que apesar da vitória contra a ofensiva Sankalp, ainda há de ser derrotada.

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