Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas pode fechar devido a cortes do Governo Federal
- Redação
- há 1 dia
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Em nota pública, a diretoria do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) informou que os recursos repassados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação são insuficientes para manter as atividades até o fim do ano, podendo fechar caso o orçamento não seja recomposto.
Na nota foram divulgadas as medidas adotadas pela entidade para que possam funcionar neste segundo semestre:
redução de 25% da jornada de trabalho dos trabalhadores terceirizados, que passou a ser das 8h30 às 14h30 (6 horas diárias), com impacto proporcional em suas remunerações;
adoção de férias coletivas parciais dos terceirizados;
adoção de medidas de racionalização do trabalho dos servidores, contribuindo para as ações de economia de energia elétrica e água
Além disso, também serão adotadas medidas drásticas de suspensão ou interrupção das atividades educacionais e científicas:
suspensão temporária de programas educacionais e atividades de escolas e eventos vinculados;
suspensão temporária de participação em eventos municipais, estaduais e federais;
interrupção do funcionamento de laboratórios multiusuários utilizados por pesquisadores de diferentes instituições;
suspensão de serviços prestados regularmente ao público externo
O CBPF, assim como as instituições de ensino e pesquisa federais, Institutos Federais (IFs) e Universidades Federais, vem sofrendo com a manutenção da política de sucateamento que afeta todo tipo tipo de serviço público, sobretudo com o Novo Arcabouço Fiscal (NAF), que substituiu a antiga PEC 95 (Proposta de Emenda à Constituição nº 95 de 2016) que impôs um teto de gastos públicos.
Nos últimos anos têm sido recorrente os “avisos prévios” destas instituições informando a impossibilidade de continuar as atividades, o que acarretou, inclusive, em greves estudantis nas universidade federais em 2024.
O governo de Lula/Alckmin, apesar de jogar com o discurso de defesa dos direitos do povo, na prática os subjuga aos interesses das classes que dominam o país. Somente cede aos interesses do povo quando tais movimentos o favorece na sua busca por "popularidade" e ganhos eleitorais - e sob permissão e benefícios ao "mercado", para o que basta ver os serviços essenciais sendo ofertados por meio de PPPs (parcerias público-privadas), em que, vale pontuar, o BNDES cumpre papel de intermediador, assim como em concessões e privatizações Brasil a dentro - ou quando são pressionados pela contestação popular em relação às suas políticas econômicas, representadas pelos Levy's, Guedes e Haddad's que bem se conhece.