Mais de 450 manifestantes são presos em ato contra o banimento de organização pró-palestina em Londres, no Reino Unido
- Gabriel Campos
- há 14 minutos
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Por volta de 466 manifestantes foram presos em ato pró-palestina e contra o banimento da organização “Palestine Action” (Ação Palestina) na Praça do Parlamento em Londres, na Inglaterra. O ato foi convocado após a organização ser classificada como “terrorista” pelo governo britânico comandado por Keir Starmer do Labour Party (Partido do Trabalho).
O Palestine Action é conhecido por suas ações de sabotagem contra instalações que fabricam armamento e tecnologias bélicas enviadas à Israel, tais como empresas como a Elbit System ou o próprio Estado inglês. Sua última ação, usada de justificativa pelo governo para o banimento, aconteceu em uma base da Força Aérea Britânica (RAF), quando ativistas pintaram dois aviões militares de tinta vermelha (em alusão ao sangue de palestinos) e causaram estimados 7 milhões de libras em danos, que equivalem a mais de 50 milhões de reais.
Apenas levantar a bandeira palestina ou participar de atos em prol da causa já era tratado como crime desde o começo da ofensiva contra Gaza e o início dos protestos na Inglaterra, provocando prisões em massa nas manifestações. Porém, desde julho, quem demonstrar apoio ou integrar o Palestine Action pode pegar até 14 anos de prisão, acusado de terrorismo, com base na “Lei Antiterrorista” implementada em 2000.
O Reino Unido tem sido um dos maiores parceiros militares e econômicos de Israel, o que tem provocado uma reação popular contra o governo britânico e os diferentes capitais que patrocinam diretamente o genocídio na Faixa de Gaza, ocasionando em protestos massivos e um apoio unânime do povo inglês à causa palestina.