Promotoria arquiva denúncia contra militares e corporação que imitaram supremacistas da KKK
- Redação
- há 7 dias
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Atualizado: há 4 dias

Em abril deste ano, quatro policiais do Batalhão de Ações Especiais (BAEP) realizaram um ritual interno da corporação (que foi divulgado nas redes sociais) em que imitam gestos típicos do grupo supremacista americano Ku Klux Klan, que perseguiam e ameaçavam negros nos EUA e buscavam aterrorizar as massas com o símbolo de cruzes pegando fogo.
Cerca de dois meses depois, o Ministério Público de São Paulo decidiu arquivar a investigação do caso, acobertando a prática institucionalizada da Polícia Militar - que não só alude ao assassinato da população negra com símbolos, mas efetivamente comete genocídio atrás de genocídio nas grandes cidades e nas matas rurais.
O vergonhoso “argumento” que busca justificar esse posicionamento covarde é de que não há relação com a KKK porque os policiais que aparecem no vídeo são “de raça negra” e não utilizavam “capuz e vestes típicas da referida organização” e que nada além das funções corriqueiras de “um treinamento” aparecem no vídeo.
De fato, nada além de “um treinamento”. Do contrário, não seria a forma operacional padrão das polícias militares entrar em favelas atirando, como contra uma festa junina recentemente no morro Santo Amaro no Rio de Janeiro. E se os supremacistas que habitam neste hemisfério não utilizam capuz branco como os do norte, é porque a farda suja de sangue de suas corporações já são suficientes para simbolizar o que defendem: o constante terrorismo sobre as massas trabalhadoras e recorrentes assassinatos à plena luz do dia de incontáveis pobres, sobretudo negros.