Ajith - O chamado da humanidade: O martírio de Basavaraj
- Redação
- 14 de nov.
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Atualizado: há 6 dias

Publicamos a tradução do texto do camarada Ajith da Índia, publicado em 5 de novembro de 2025 em seu portal.
O chamado da humanidade: O martírio de Basavaraj
(Mensagem enviada à coletiva de imprensa da FACAM em Delhi, 3 de novembro de 2025)
Para eliminar o movimento maoista em Bastar e executar seu plano de longo prazo de deslocar à força a população indígena adivasi daquela região, a fim de entregá-la a corporações indianas e estrangeiras, o Estado indiano vem conduzindo uma brutal campanha de repressão conhecida como Operação Kagaar. Como parte dessa ofensiva, chegou inclusive a realizar repetidos bombardeios aéreos contra aldeias adivasi. Quase metade das pessoas mortas nos últimos meses pelo Estado indiano nessa área são adivasis — incluindo crianças. Vários ativistas proeminentes de direitos humanos expressaram profunda preocupação com a situação e pediram ao Governo da Índia, assim como à direção do partido maoísta, que cessassem o fogo e iniciassem negociações. A direção desse partido respondeu ao apelo e declarou unilateralmente um cessar-fogo, solicitando que o governo fizesse o mesmo e criasse condições adequadas para o diálogo.
Em vez de responder positivamente, o Estado indiano prosseguiu com sua campanha assassina de repressão. Cercou e matou o secretário do PCI (Maoísta), o camarada Basavaraj, e aqueles que o acompanhavam. Violando todas as normas, recusou-se a entregar os corpos desses camaradas a seus familiares para um funeral digno. Em seguida, levou os corpos às escondidas e os cremou. Essa foi a forma vil como o Estado indiano revelou seu caráter desumano. Para piorar, um grupo de traidores liderado pela camarilha de Sonu-Rupesh agora difama o camarada Basavaraj da maneira mais repugnante. Alegam que ele apoiava a rendição. Assim, zombam da resistência heroica demonstrada pelo camarada Basavaraj e seus companheiros, que, mesmo em enorme desvantagem numérica e diante de uma força amplamente superior, escolheram lutar até o fim. Eles não estavam dispostos a se render. Em vez disso, tombaram empunhando a bandeira flamejante da revolução, na verdadeira tradição comunista, dando assim gloriosos exemplos de autossacrifício.
Recentemente, Soni Sori, a conhecida ativista adivasi de direitos humanos, fez algumas perguntas muito pertinentes aos que se renderam. Isso significará que os adivasis agora terão direito ao seu Jal, Jungle e Zameen (água, floresta e terra)? Isso significa que o governo retirará os acampamentos armados daquela região? Significa que não será mais permitido que corporações indianas e estrangeiras devastem aquelas terras em busca de lucro? Qualquer pessoa minimamente familiarizada com as políticas e interesses dos governantes deste país conhece as respostas a essas perguntas. Nada disso vai acontecer. Pelo contrário, o saque voraz dessa região irá se intensificar. Isso exige luta, não rendição, por parte dos oprimidos e daqueles que os apoiam. Isso exige defender a gloriosa tradição de grandes mártires como o camarada Basavaraj.






