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RJ: Ato combativo denuncia chacina de Castro e de sua polícia miliciana

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Na quarta, dia 5 de novembro, foi realizado no Rio de Janeiro um ato denunciando a chacina realizada pela “megaoperação” de Cláudio Castro, que aterrorizou o Complexo do Alemão e da Penha causando 121 mortes e paralisando toda a cidade no dia 28 de outubro.


O ato contou com a participação de diversos movimentos populares, por volta de 600 pessoas estavam presentes no trajeto do Largo do Machado até o Palácio da Guanabara, sede do governo do estado.



A concentração teve problemas para sair logo de início, devido ao cordão de 20 policiais da tropa de choque da Polícia Militar tentando impedir o trajeto pela rua das Laranjeiras, justificado pela presença de um grupo de 60 manifestantes pró-polícia no Palácio Guanabara no mesmo horário — certamente aproveitado ao máximo pela polícia, com a expectativa de dispersão.


Sem a ostensividade típica de quando sua intenção é reprimir duramente o povo, a mobilização do aparato policial apontou um temor à reação popular diante da operação policial mais letal da história do Brasil. Atingido o horário marcado da liberação para seguir o trajeto até o Palácio — negociado por setores cada vez mais reconhecidos por também temerem a revolta popular tanto quanto a polícia e o Estado —, os manifestantes, combativos e dispostos, se lançaram em direção à rua das Laranjeiras com gritos vigorosos de “Cláudio Castro assassino!” e “Chacina! Assassinato! Não acabou 64!”, representando o sentimento de repulsa às práticas brutais da polícia contra o povo da favela.



É necessário apontar e denunciar a prática — já reproduzida como método — de setores que buscam sempre estar à frente do ato, com o objetivo de interrompê-lo quando julgam que seus acordos com a polícia tem mais valor que a vontade popular de protestar, que foi mais uma vez testemunhada quando o protesto chegou ao Palácio da Guanabara; para eles, uma hora e meia de concentração e dez minutos em frente ao alvo dos protestos, o palácio do governo que celebra uma política de extermínio contra as favelas da cidade enquanto abriga traficantes de armas e milicianos, é suficiente para o teatro de sua luta.


Sua dispersão quase imediata é mais uma traição desses setores à história de luta que dizem representar e ao povo que, humilhado e oprimido diariamente, clama por uma resposta aos seus algozes, agentes da justiça burguesa e latifundiária, enquanto os financiadores do tráfico vivem tranquilamente em seus condomínios.



A indignação popular presente não aceitou esse fim insuficiente para o ato e, mesmo com a dispersão gerada por esses setores vendidos, permaneceu em protesto, entoando em alto e bom som “Chega de Chacina! Polícia Assassina!”. Garrafas de tinta vermelha foram atiradas contra o Palácio, simbolizando as manchas de sangue que marcam a política genocida do Estado brasileiro, regra para as periferias do país, sua zona rural tomada pela grilagem e as comunidades indígenas atacadas e perseguidas desde o início da colonização.


Sabendo medir sua capacidade de se defender a repressão policial com uma manifestação esvaziada pelas demais forças políticas, o ato — daqueles que não estavam interessados em mais um teatro organizado junto com a própria polícia — marchou de volta ao Largo do Machado com 100 manifestantes, improvisando seu próprio caminho para permanecer em protesto, fazendo ecoar por mais uma hora a revolta do povo contra o governo.


Assim como a manifestação realizada no Complexo da Penha no dia 01/11, não foi permitido que fossem silenciadas as vozes daqueles que são oprimidos com assassinato, para que se lucre com a pobreza do país, e se aglutinou as forças populares dispostas a construir sua resistência e combater verdadeiramente aqueles que só se interessam por sua exploração, e não apenas se aproveitar, em benefício de campanhas eleitorais, de pautas tão importantes para vida do povo.


CHEGA DE CHACINA, POLÍCIA ASSASSINA!

NÃO ACABOU, TEM QUE ACABAR, EU QUERO O FIM DA POLÍCIA MILITAR!

CHACINA! ASSASSINATO! NÃO ACABOU 64!


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