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ABL Cárcere ocupa a Uerj em dia de atividades

Intervenção poética durante o evento da ABL do Cárcere. Foto: Arquivo Revolução Cultural
Intervenção poética durante o evento da ABL do Cárcere. Foto: Arquivo Revolução Cultural

No último dia 7 de outubro, a Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC) realizou sua primeira edição volante, que pretende levar a discussão contra o encarceramento da juventude pobre e negra para diferentes setores da sociedade. Para o lançamento dessa iniciativa, foi escolhida a Faculdade de Direito da Uerj, polo tradicional de debates da criminologia crítica.


Em todas as mesas, havia a participação compartilhada de intelectuais, advogados e operadores do direito, ativistas e egressos. Durante as intervenções do público, foi muito destacada a importância de ampliar a crítica ao punitivismo penal, que é uma espécie de senso comum hoje mesmo entre uma grande parte dos trabalhadores.


Além do debate político, houve intensas intervenções culturais, na forma de poesias, funk e, claro, literatura. Diferentes integrantes da ABL Cárcere venderam seus livros e trocaram experiências com novas gerações de leitores e lutadores. A Revista Revolução Cultural também marcou presença, como apoiadora do evento e através de uma banquinha com seus títulos, inclusive a tradução inédita para o português do livro do PCI (Maoista) intitulado: China, uma nova potência social-imperialista!


Não só a questão política em sentido estrito (a crítica ao sistema penitenciário e as suas mazelas), mas também o aspecto cultural foi discutido. Na última mesa, dedicada à luta contra a criminalização do funk, foi feito um debate aprofundado sobre a importância cultural desta manifestação para a juventude das favelas, como também a responsabilidade social que cumprem os MCs e a consciência que devem ter sobre a mensagem que transmitem. Por fim, ficou claro que o lema do evento: “Do quilombo à favela, da senzala ao presídio” esteve plenamente representado nas discussões, e também a necessidade de aumentar o coro público para deter o encarceramento e assassinato dos nossos cativos do século XXI.  

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