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Oligopólios chineses ampliam controle sobre níquel brasileiro

Foto: Shutterstock/BJP7images.
Foto: Shutterstock/BJP7images.

Neste terceiro trimestre de 2025, a MMG, gerenciada pela gigante estatal chinesa China Minmetals, finaliza a compra de duas operações de ferroníquel em Goiás e de dois projetos de expansão da extração do mineral estratégico no Pará e Mato Grosso. A compra, que contará com um aporte total de US$500 milhões, sendo US$350 milhões à vista, será paga ao oligopólio Anglo American, dos Estados Unidos. Com esta movimentação, um conjunto de empresas chinesas passará a controlar diretamente a produção de 40 mil toneladas de níquel no Brasil.


Tal aquisição reforça a tendência de monopolização deste setor da produção mundial por parte do social-imperialismo chinês. Empresas chinesas já controlam boa parte da produção de níquel na Indonésia, país com maior concentração mundial deste importante mineral, e agora passam a controlar parte importante da produção no Brasil (país de segunda maior concentração conhecida de níquel), abrindo margem na sua concorrência mundial com o imperialismo estadunidense e arruinando ainda mais a soberania energética de países dominados, tal como o nosso.


Esse cenário de penetração mais ampla de capitais chineses neste setor contrasta com o slogan do governo Lula/Alckmin de “Brasil para os brasileiros”, ou, ainda, com o recém modificado slogan oficial “Do lado do povo brasileiro”, que substitui o antigo “União e reconstrução”. Não é o que vemos, afinal, quando diz respeito ao povo brasileiro controlar o principal minério para a produção de baterias elétricas, para a construção de sistemas de armazenamento de energia renovável e que é importante para desenvolver a indústria de aço. Este cenário, como toda grande força material, não sucumbe à frases abstratas sobre soberania¹ e povo².


1 Sobre o conceito de soberania, publicamos o artigo "Em que sentido se deve falar em soberania?".


2 Sobre o conceito de povo, publicamos o texto "Conceito de povo", do importante historiador marxista Nelson Werneck Sodré.

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