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RS: Camponeses médios protestam dias a fio por melhores condições de crédito

Início da mobilização na terça-feira, último dia 13. Foto: GaúchaZH
Início da mobilização na terça-feira, último dia 13. Foto: GaúchaZH

Nos últimos dias, incluindo esta terça-feira (20), centenas de camponeses médios da região norte do Rio Grande do Sul bloquearam as rodovias mais importantes, como a RS-153 e a BR-158, para protestar por ações do governo federal que dêem melhores condições de acesso ao crédito para essa camada do campesinato dessa região.


Devastados pelo monopólio do latifúndio, que inunda o mercado com commodities à preço irrisório - situação agravada pelos eventos climáticos recentes que ocasionaram perda parcial das safras - os camponeses exigem do Governo Federal medidas simples, de amortecimento dessa contínua condição de endividamento: a possibilidade de vender no mercado títulos das dívidas que empresas e pessoas possuem com esses produtores, para amortizar o alto volume de juros que eles possuem com os bancos.


Mapa do tamanho médio das propriedades no Rio Grande do Sul. Quanto mais próximo do verde claro, menor é o tamanho médio, quanto mais próximo do vermelho, maior é o tamanho médio. Destaque para a situação no norte e noroeste do estado, local dos protestos. Fonte: Censo Agropecuário do IBGE 2017.
Mapa do tamanho médio das propriedades no Rio Grande do Sul. Quanto mais próximo do verde claro, menor é o tamanho médio, quanto mais próximo do vermelho, maior é o tamanho médio. Destaque para a situação no norte e noroeste do estado, local dos protestos. Fonte: Censo Agropecuário do IBGE 2017.

Demonstrando seu compromisso de vida com o latifúndio, o Governo Federal tem tentado levar a situação em banho-maria, alegando não poder tocar nos bilhões de reais já acordados para a classe latifundiária através do último Plano Safra.


O que aparece ao proletariado é a necessidade de trazer para perto de si o campesinato médio, como através dessas mobilizações por maior facilidade de acesso ao crédito, que só existe para os latifundiários (através de programas como Plano Safra e apesar da demagógica campanha que une sucessivos governos de que o “Agro é pop”). A debilidade histórica em nosso país da classe mais revolucionária concretizar essa aliança tem levado estes setores, sobretudo suas lideranças, a se aproximar dos mais reacionários de nossa sociedade. Como não podem, através disso, abafar com panos as mobilizações dessa camada do campesinato senão temporariamente, de tempos em tempos se brota a oportunidade de realizar essa importante aliança. Eis um dever pendente.



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