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EUA e China intensificam disputa por esferas de influência através de Índia e Japão

Atualizado: 22 de abr.

Fonte/Reprodução: The New York Times
Fonte/Reprodução: The New York Times

Na corrida por garantir a expansão de seus capitais, ao mesmo tempo em que preparam o terreno para os choques diretos entre si, tanto o imperialismo ianque, quanto o social-imperialismo chinês, têm se utilizado de artifícios de pressão econômica e diplomática para consolidar e expandir suas esferas de influência.


Caso mais histórico e mesmo mais consolidado, a Índia tem firmado acordos com a administração Trump-Musk para dar livres condições para a enxurrada de capitais ianques em seu país em troca do apoio necessário para intensificar sua guerra civil interna contra revolucionários (como é o caso da Operação Kagaar). Sabendo do pilar estratégico que é fincar-se em um país como a Índia, não só o mais populoso do mundo, mas que geograficamente está no centro da tormenta mundial, além de estar precisamente ao lado da China e do Paquistão - onde está localizado o Porto de Gwadar, chave para a Rota da Seda -, os EUA não tem perdido tempo em assegurar seus negócios com o fascista Modi. Não à toa, logo no início da cruzada das taxações, ambos já estavam apertando a mão um do outro. O próprio JD Vance, vice-presidente dos EUA, vislumbra essa importância, admitindo essa manhã que “o futuro do século XXI [isto é, o futuro do imperialismo ianque neste período histórico] será determinado pela parceria entre EUA e Índia”.


A busca ativa por negociar primeiro com países como Coreia do Sul e Vietnã, entre as dezenas de países que procuraram o imperialismo ianque para negociar o grau de submissão de suas nações, é outra expressão recente de onde estas duas esferas de influência imperialista tem se chocado hoje em dia dentro da região de disputa mais intensa - não única, pois o Brasil na América do Sul e alguns países da África são também extremamente chaves nesse processo.



Cenário da disputa interimperialista por esferas de influência hoje na Ásia. Em azul, os países que têm firmado acordos recentemente com os EUA, apesar da presença de capitais chineses. Em verde, a China e o Paquistão, que entrou na nova Rota da Seda. Em laranja, o Japão, de novas disputas acirradas.
Cenário da disputa interimperialista por esferas de influência hoje na Ásia. Em azul, os países que têm firmado acordos recentemente com os EUA, apesar da presença de capitais chineses. Em verde, a China e o Paquistão, que entrou na nova Rota da Seda. Em laranja, o Japão, de novas disputas acirradas.

Caso mais complexo é o Japão, que viveu disputas históricas com a China, como quando invadiu o noroeste deste último na década de 30, ou então na disputa regional por estabelecer-se um satélite do outro quando a China tomou a via da restauração capitalista. Aliado firme dos EUA neste último período, agora tem sido procurado ativamente pela China para tornar-se seu aliado em perspectiva. Diante das últimas taxações de Trump, o governo japonês, em recentes negociações, admitiu considerar o aumento da importação de determinados produtos estadunidenses, como o arroz e a soja, em troca do afrouxamento das taxas impostas.


Entretanto, nessa mesma manhã em que o vice-presidente estadunidense Vance demonstrou a importância da Índia para o prolongamento de seu enfermo imperialismo, o primeiro-ministro chinês Li Qiang enviou carta para todo o governo japonês buscando uma ação conjunta de “combate ao protecionismo” ianque, buscando a aproximação política e econômica desses dois países historicamente “rivais”. Os próximos contornos particulares dessa nova situação não sabemos, mas é certo que o Japão entrará, como há muito tempo não entra, no olho do furacão, cada dia mais violento.


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